29/06/2012

Someone to watch over me





Ando quieta, quase muda. Conseguiram me derrubar, acho, mas já levantei. Daqui a pouco saio para a rua de novo e tudo volta ao normal. Mas ainda está tudo vazio e gelado. Estou pairando no silêncio. Deve ser a falta de problemas. Deve ser a falta de bolas. Deve ser a falta do que achei que seria e não foi. Mas chega, senão daqui a uns dias vou começar a me perguntar por mim mesma e não vou me achar. Cessei de sofrer. Estou apenas em suspenso e às vezes volto ao turbilhão, mas só porque gosto dele. Mentira. Ele surge e me arrasta e não tenho forças nem vontade de lutar. E eu vou, e vou, e nado e engulo um monte de água para depois secar ao sol, deitada na praia, sozinha. Sozinha. Sozinha. Isso nunca vai ter fim. Buscando alguma coisa que não sei direito o que é, talvez seja amor, talvez seja inspiração ou ar. É isso. Mas se é assim que tem que ser, eu deixo. Se é assim que terei que viver, eu vivo.